Meritocracia e o genocídio da população negra no Brasil 

A meritocracia serve para distinguir e justificar privilégios dos ricos em relação aos pobres. Os pobres desprezados, os ricos invejados. Constrói uma percepção negativa dos pobres, sendo incapazes, perigosos e preguiçosos, o filho tem que trabalhar para não se tornar vagabundo, tornando-se piadas preconceituosas. A família rica forma vencedores, o filho tem que estudar para ser vencedor, ela é a classe por excelência da meritocracia e da superioridade moral. 
A elite do dinheiro soube aproveitar muito bem dessa situação, isso desde a época da escravidão, onde a disseminação do ódio, humilhação e desprezo contra os mais frágeis foi feita para justificar a escravidão. Além disso, o trabalho manual e produtivo era conhecido como “serviço de preto”, preguiçoso, mal feito e sujo, diferente dos imigrantes, para quem o trabalho era símbolo de dignidade, onde receberam terras e incentivos para produção, ao contrário dos escravos, que foram abandonados a própria sorte numa terra onde imperava o ódio, o racismo e o preconceito contra o negro. 
Esse é o motivo pelo qual jovens negros da periferia são os que mais morrem e grande parte da sociedade aceita isso como normal, já que a meritocracia justifica suas mortes.